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Adolfo Ungrad e Emilia Thomas

O uso de qualquer parte desta pesquisa é autorizada, desde que seja referenciada! Valorize a minha pesquisa! Ainda em pesquisa. Última atualização: 10/10/2024

    Adolf Ungrad nasceu em 13 de novembro de 1877 em Kastscher, Bohemia (hoje Kačerov, aldeia de Zdobnice, República Tcheca - clique aqui), filho de Eduard Ungrad e Eleonore Briesel.
Registro de nascimento de Adolf Ungrad. Detalhe que existe a averbação do falecimento no livro.
Fonte: Church Books, 1552-1981, Catholic > Jičín > Kačerov > Baptisms (Křty) 1853-1887 (State Regional Archive of Trebon), Czech Republic.
    Muito novo, Adolf teve que aprender a se virar sozinho, sua mãe faleceu aos 33 anos e seu pai faleceu apenas alguns meses depois da sua mãe, vitimado pelo tifo. Adolf foi criado, juntamente com o seu irmão Wilhelm, pelo seu tio Pio Ungrad (Pio não tinha filhos). Pio era dono da pousada n° 61 em Katscher (clique aqui para ver a localização), pousada que foi assumida por Wilhelm após o falecimento de Pio.
    Adolf Ungrad cresceu e se tornou um negociante, ofício aprendido de seu tio Pio Ungrad. 
    Em 1902, Adolf foi em busca de uma nova aventura. Com apenas 24 anos  Adolf embarcou no navio Halle rumo ao Brasil. Chegou em 22 de fevereiro de 1902 no Rio de Janeiro e de lá partiu em 28 de fevereiro de 1902 para o Rio Grande do Sul.
    Adolfo casou com Emília Rosalina Thomas no ano de 1911 pelo religioso e em 15 de abril de 1915 pelo civil (o casamento civil ocorreu na Colônia Guarany, atual município de Guarani das Missões/RS/Brasil). Emília Rosalina nasceu em 20 de dezembro de 1889 em Hamburgo Velho, Novo Hamburgo/RS/Brasil é filha de Antônio Thomas e Dorothea Schuck.
    Adolfo e Emília tiveram os seguintes filhos:
- Arno Emílio Ungrad, nascido em 18 de dezembro de 1911 na Colônia Serro Azul (atual município de Cerro Largo/RS/Brasil);
- Júlio Walter  Ungrad 14 de setembro 1914 na Colônia Serro Azul (atual município de Cerro Largo/RS/Brasil);
- Brunno Carlos Ungrad, nascido em maio de 6 de junho de 1916 na Colônia Serro Azul (atual município de Cerro Largo/RS/Brasil) (faleceu ainda jovem em 26 de novembro de 1916);
- José Lindolpho Ungrad nascido em 22 de setembro de 1917 na Colônia Serro Azul (atual município de Cerro Largo/RS/Brasil) (faleceu ainda jovem em 17 de outubro de 1919);
- Maria Helena Ungrad, nascida em 1919 na Colônia Serro Azul (atual município de Cerro Largo/RS/Brasil);
- Ely Ungrad, nascida em 1921 na Colônia Serro Azul (atual município de Cerro Largo/RS/Brasil);
- Anna Eida Ungrad, nascida em 29 de dezembro de 1922 na Colônia Serro Azul (atual município de Cerro Largo/RS/Brasil);
- Laura Ungrad, nascida em 20 junho 1925 na Colônia Serro Azul (atual município de Cerro Largo/RS/Brasil).
    Em 18 de julho de 1925, Adolf foi a festa de aniversário do seu cunhado Augusto Raimundo München (Augusto era casado com Maria Thomas, irmã de Emília Rosalina Thomas). As 13 horas ocorreu uma discussão. Tentando acabar com a briga, Adolf subiu em uma cadeira para desligar o lampião, achou que desligando a única luz acabaria com a briga, e nesse momento Adolf foi fatalmente baleado. Emilia Thomas faleceu em 7 de maio de 1936. Ambos foram sepultados no cemitério de Cerro Largo/RS. 
Descanso final de Adolfo Ungrad, Emilia Thomas e seus dois filhos que faleceram crianças.
Arquivo próprio 
Necrológico de Adolf Ungrad
Fonte: Acervo Benno Lermen
Instituto Anchietano de Pesquisas
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS 

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Esta publicação pode ser utilizada pelo(a) interessado(a), desde que citada a fonte:
Schneider, Eduardo Daniel. [Nome da publicação] blog Memórias do Povo Rio-grandense, disponível em: https://eduardodanielschneider.blogspot.com/ Acessado em: [data do acesso]

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Fontes consultadas: Registro Civil de Cerro Largo/RS; Registro Civil de Guarani das Missões/RS; Arquivos da antiga Kastscher, Bohemia (atualmente pertencentes ao arquivo da República Tcheca); Arquivo Nacional (Entrada de estrangeiros no Brasil)

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A carta da família Ungrad

O uso de qualquer parte desta pesquisa é autorizada, desde que seja referenciada! Valorize a minha pesquisa! Ainda em pesquisa. Última atualização: 26/04/2022

    São poucos os relatos históricos das famílias alemãs chegadas ao Brasil, bem como são escassos os documentos que contam de fato a história de uma família e a família Ungrad guarda consigo até os dias de hoje uma carta recebida do tio bisavô Emil Ungrad.
    A carta conta a vida difícil da família na Bohemia, as perdas precoces dos pais e irmãos, as perdas familiares sofridas pela primeira grande guerra e a expulsão das famílias alemãs do atual do território da República Tcheca. A carta traça todo o caminho da família desde o nascimento do imigrante Adolf Ungrad (e seus irmãos), até a década de 1960, demonstrando como a família acabou se espalhando pelo mundo. Além de se tratar de um árvore familiar, a carta traz um verídico relato histórico do que acontecia no início do século passado na Europa, principalmente na Bohemia, e toda dificuldade que o povo sofria.
    Quero agradecer ao primo Fábio Birck, por ter me procurado para descobrir mais sobre a carta e por ter gentilmente cedido a mesma para compartilhar com todos vocês.
A carta de Emil Ungrad

Tradução da Carta escrita por Emil Ungrad para seu sobrinho* (filho de Adolf Ungrad) 

Árvore genealógica da família UNGRAD de Katscher.


Wilhelm, nasceu em 22 de junho de 1882; casou-se com Anna Nentsich em 20 de setembro de 1905; A Sra. Anna Ungrad faleceu em 22 de novembro de 1906. Casado pela segunda vez com Anna Schmid de Kunsendorf, em 10 de novembro de 1907. Wilhelm faleceu em 1960 (aos 78 anos).

Heinrich, nasceu em 3 de junho de 1885, casou-se com Liesl Herbst de Ditterubach (perto de Waldenburg), Silésia. Heinrich faleceu na Sérvia na Primeira Guerra Mundial em 1914.

    Além de nós cinco irmãos, Eduard, Emil, Adolf, Wilhelm e Heinrich, mais uma menina veio ao mundo, a Ida, que faleceu de uma doença infantil nos primeiros anos de sua vida. Também nasceram duas crianças natimortas. A pobre mãe teve partos muito difíceis, a ajuda médica geralmente chegava tarde demais e ela ficou tão debilitada pelos oito partos que faleceu aos 33 anos de idade. O pai era um homem saudável, mas faleceu três meses depois que a mãe de tifo. A pousada que nossos pais possuíam foi vendida. O irmão de nosso pai, Pio Ungrad, criou Adolf e Wilhelm. Adolf, seu pai, aprendeu a ser empresário. Como o tio não tinha filhos, Wilhelm assumiu a pousada nº 61 em Katscher.
    Eu e meu irmão Heinrich fomos criados pelo nosso tio Wilhelm Wanitschke (o tio era irmão do pai de minha esposa, Agnes), sua esposa era irmã de meu pai Eduard Ungrad. Então, eles eram os parentes mais próximos e também não tinham filhos.
    O irmão Heinrich está estudando carpintaria na faculdade técnica e, como já foi dito, casou-se com a filha de um mestre carpinteiro. Eles tiveram os seguintes filhos: Ingard, Ilse, Erna e Werner. O irmão faleceu na Sérvia na Primeira Guerra Mundial, seu filho Werner faleceu na Segunda Guerra Mundial e sua esposa faleceu na Alemanha. As três filhas vivem dispersas.
    Eu assumi a pousada nº 8 em Kunzerdorf de meu tio Wilhelm Wanitschke em 1º de janeiro de 1904. Antecipando o que estava acontecendo com os alemães na Bohemia, vendi a pousada em 1912 e me mudei para a Áustria com minha esposa e filhos.
    Um ano depois, meu irmão fez o mesmo e também comprou uma pousada na cidade vizinha. E o que eu esperava chegou, de 2 a mais de 3 milhões de pessoas são expulsas da Boêmia e da Morávia, com os silesianos e alemães orientais em muitas aldeias, restando apenas algumas casas. Com as malas na mão, eles tiveram que sair de casa e das suas fazendas (Hof). Muitos morreram por vontade própria.
    Portanto, eu e meu irmão Wilhelm somos seus tios verdadeiros, como irmãos de seu pai. Todos nossos ancestrais morreram com pouco menos ou com mais de 80 anos de idade. Por exemplo: 84, 81,61,64,80,74,81,79,75. Me perdoe a brevidade do relato, tive que dividir o espaço, senão a carta ficaria muito longa.

*o sobrinho que recebeu a carta ainda não foi identificado, pois a carta não tem remetente nem destinatário.

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