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| Igreja da Comunidade Evangélica São João, Boca da Picada - Giruá/RS | 
    No interior de Giruá/RS, próximo a divisa com Santa Rosa/RS encontramos essa jóia de comunidade, a Comunidade Evangélica São João da localidade da Boca da Picada. Bem organizada, com gramado verde, pátio amplo e rodeada de belas flores é um templo em meio as lavouras que rodeiam o local.
    De denominação IECLB (Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil) a igreja faz parte da paróquia de Giruá/RS.
    Segundo o site da paróquia luterana de Giruá, a Comunidade Evangélica São João foi fundada em 1º de Julho de 1924 e formou-se a partir dos imigrantes, tais como: Rudolf Zolinger, Reinhold Wächter, Fernando Krüger, Germano Kunz, Emil Hagel, Renhold Costa, Mathias Ervin, Frederico Augusto Maurer, Alfred Brincker, Felippe Bast, Pedro Frühauf, Heinrich Sauter, Germano Milbradt, Fernando Mücker, Richard Kunde e Paulo Schott. Os cultos, primeiramente, foram realizados em casas de famílias e na escola. O primeiro pastor a atender a comunidade foi Karl Michel que tinha residência fixada em 14 de Julho, hoje Santa Rosa, então Paróquia de Tuparendi. A primeira diretoria foi eleita em 10 de janeiro de 1926, que ficou assim constituída: presidente, Rudolf Zolinger; vice-presidente, Ferdinand Krüger; secretário, Carl Muller e tesoureiro, Reinhold Wächter; conselho, Renhold Costa e Emil Hagel. Já desde o seu início a comunidade manteve em funcionamento uma escola como departamento. Com a fundação da comunidade filiou-se à Paróquia Evangélica de Tuparendi e assim ao Sínodo Riograndense. Inicialmente as atividades obtiveram como local a escola, nas proximidades onde hoje está o cemitério. Em 1928 foi construída uma casa para o professor, no local onde hoje está construída a igreja.*
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| Pórtico de entrada | 
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| Detalhe da placa do pórtico de entrada da área da comunidade | 
    A igreja atual tem sua pedra fundamental datada de 29 de maio de 1966. Junto a igreja temos o monumento ao imigrante e também o centro comunitário (salão de festas).
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| A igreja de outro ângulo | 
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| Monumento aos imigrantes e seu trabalho na terra | 
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| Centro comunitário (salão de festas) | 
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| Escola da comunidade. Hoje ela funciona como EMEF Aládio Ferreira  | 
    Na comunidade também funciona a A Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas - (OASE). A história do Grupo da OASE de Boca da Picada começou no dia 28 de abril de 1940, quando sob animação da Sra. Martha Löwe reuniram-se seis mulheres. Além dela, estavam presentes as Sras Berta Kurtz Amerinda Schmidt, Matilde Hegel, Leopoldina Bast e Nelda Kunde. Estas mulheres fundaram uma Sociedade, conforme está registrado no primeiro livro de atas utilizado pelo grupo. O grupo cresceu rapidamente. Tanto que no registro de 18 de maio de 1941 o grupo já contava com 38 sócias. No mesmo ano, em 20 de julho, o grupo realizou a sua primeira assembléia, sendo que foi eleita presidente a Sra. Paulina Ebertz e secretária a Sra. Almerinda Schmidt. **
    O cemitério da comunidade, apesar de quase em sua totalidade ser de famílias luteranas, é compartilhado com famílias católicas da região. Ele traz muita luz sobre as famílias que fundaram e que ainda vivem no local. É um cemitério quase centenário com lápides magníficas, algumas feitas por profissionais de Santo Ângelo/RS, ricas em detalhes e simbologia, uma verdadeira jóia da arte cemiterial da época.
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| Cemitério de Boca da Picada. | 
    Vamos dar o exemplo das lápides de Fernando Krüger e Delphina Krüger, datadas de 1940 e esculpidas em pedra de arenito. Detalhes não lhe faltam, flores, adornos, o aperto de mão em ambas as sepulturas que significa que estão unidos pela eternidade. Elas foram esculpidas tanto na frente como nas suas costas, incluindo dizeres e datas. Agora gostaria que imaginassem o transporte das lápides, feitas de pedras que pesam centenas de quilos, por 50km por estradas precárias e em alguns casos quase inexistentes e ainda com tamanhos detalhes.
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| Descanso final de Fernando Krüger e Delphina Krüger Lápides  | 
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| Parte de trás das lápides | 
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| A frase esculpida em ambas as lápides:  Müh und Arbeit War mein Leben. Ruhe hat mier Gott Gegeben. auf Wiedersehen Trabalho árduo (esforço e trabalho) era minha vida. Deus me deu o descanso. Até breve***.  | 
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* Fonte: Comunidade Evangélica São João. Disponível em: https://ieclbgirua.blogspot.com/search?q=boca+da+picada
** Fonte: OASE da Boca da Picada comemorou aniversário. Disponível em: https://ieclbgirua.blogspot.com/2012/05/oase-de-boca-da-picada-comemorou.html
***A tradução do termo auf Wiedersehen geralmente é adeus, mas nesse caso, no contexto da frase, se trata de um até breve ou até logo, no reencontro da vida eterna.
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Schneider, Eduardo Daniel. [Nome da publicação] Blog Memórias do Povo Rio-grandense, disponível em: https://eduardodanielschneider.blogspot.com/ Acessado em: [data do acesso]
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